O malware é uma das maiores ameaças à cibersegurança, afetando tanto utilizadores individuais como empresas. Este termo refere-se a qualquer software malicioso concebido para prejudicar, explorar ou comprometer dispositivos, redes e sistemas de informação.
Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de malware, dar exemplos reais e explicar as formas mais comuns pelas quais estes ataques afetam as empresas.
Tipos de Malware e Exemplos
1. Vírus
Os vírus são programas que se anexam a ficheiros legítimos e se espalham quando o utilizador executa esses ficheiros. Normalmente, danificam ou alteram dados, podendo tornar sistemas inteiros inoperacionais.
Exemplo: O “ILOVEYOU” (2000) espalhou-se via e-mail como um anexo disfarçado de carta de amor, afetando milhões de utilizadores e causando prejuízos de milhões de dólares.
2. Worms
Diferente dos vírus, os worms não necessitam da interação do utilizador para se propagarem. Os worms exploram vulnerabilidades de rede para se disseminar rapidamente.
Exemplo: O “WannaCry” (2017) usou uma falha do Windows para se espalhar globalmente, causando estragos em hospitais, empresas e governos.
3. Trojans (Cavalos de Troia)
Os trojans disfarçam-se de software legítimo para enganar os utilizadores e induzi-los a instalá-los. Uma vez dentro do sistema, podem roubar informações ou permitir o controlo remoto do dispositivo.
Exemplo: O “Zeus” foi um trojan bancário que capturava credenciais de login e facilitava fraudes financeiras.
4. Ransomware
O ransomware bloqueia ou encripta os ficheiros da vítima e exige um resgate para restabelecer o acesso. É uma das ameaças mais perigosas para as empresas.
Exemplo: O “Petya” (2016) encriptava discos rígidos inteiros e exigia pagamentos em Bitcoin para a sua descodificação.
5. Spyware
Este malware espião espia a atividade do utilizador sem o seu consentimento, recolhendo informações confidenciais, como credenciais bancárias ou dados pessoais.
Exemplo: O “FinFisher” é um spyware usado por governos para vigilância e interceção de comunicações.
6. Adware
Embora não seja necessariamente malicioso, o adware exibe publicidade indesejada e pode ser utilizado para recolher informações do utilizador sem permissão.
Exemplo: O “Fireball” (2017) foi um adware que infetou mais de 250 milhões de computadores para manipular resultados de pesquisa e gerar receitas publicitárias.
7. Rootkits
Os rootkits são projetados para dar acesso administrativo a hackers sem serem detetados. Podem modificar configurações do sistema e esconder outros tipos de malware.
Exemplo: O “Sony BMG Rootkit” (2005) foi um rootkit instalado acidentalmente por CDs de música da Sony, comprometendo a segurança de milhões de computadores.
8. Botnets
Uma botnet é uma rede de dispositivos comprometidos que podem ser usados para ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS), envio de spam ou roubo de dados.
Exemplo: A botnet “Mirai” (2016) usou dispositivos IoT vulneráveis para gerar um dos maiores ataques DDoS da história, derrubando serviços como o Twitter e Netflix.
Como é que o Malware Entra nas Empresas?
As empresas são um alvo frequente de ataques de malware. Algumas das formas mais comuns pelas quais estes malwares são introduzidos incluem:
1. Phishing e Engenharia Social
Os e-mails de phishing são um dos principais vetores de infeção. Os colaboradores da empresa recebem mensagens falsas com anexos maliciosos ou links para sites fraudulentos que instalam malware.
Exemplo: Um e-mail supostamente do “IT Support” pede para o utilizador redefinir a sua palavra-passe num link falso, levando a um ataque de ransomware.
2. Downloads de Software Não Verificado
Funcionários que descarregam software de fontes não confiáveis podem instalar malware inadvertidamente.
Exemplo: Um programa gratuito para edição de PDF pode conter spyware que regista as credenciais de login dos utilizadores.
3. Dispositivos USB Infetados
Os ataques via USB são comuns em ambientes corporativos. Um dispositivo infetado pode espalhar malware automaticamente ao ser ligado a um computador.
Exemplo: O malware “Stuxnet” foi introduzido em sistemas industriais através de uma pen USB, sabotando infraestruturas nucleares.
4. Exploração de Vulnerabilidades de Software
Hackers exploram falhas de segurança em sistemas desatualizados para instalar malware remotamente.
Exemplo: O ransomware “WannaCry” propagou-se através de uma falha no Windows que não tinha sido corrigida por algumas empresas.
5. Acessos Remotos Não Seguros
O uso de ligações remotas sem proteção (como RDP sem autenticação multifator) pode permitir que hackers implantem malware.
Exemplo: O “Dharma Ransomware” explora credenciais RDP fracas para ganhar acesso a redes empresariais e encriptar ficheiros.
Como Prevenir Ataques de Malware?
- Formar os Funcionários: Treinar equipas para reconhecer ataques de phishing e ameaças digitais.
- Atualizar Software Regularmente: Manter sistemas e aplicações sempre atualizados para corrigir vulnerabilidades.
- Utilizar Antivírus e Firewalls: Implementar soluções de segurança para monitorizar e bloquear ameaças.
- Restringir Acessos: Limitar permissões de utilizadores e impedir a instalação de software não autorizado.
- Fazer Backups Frequentes: Manter cópias de segurança de dados críticos para mitigar ataques de ransomware.
Conclusão
O malware continua a ser uma grande ameaça à cibersegurança, especialmente para empresas. Proteger-se contra estas ameaças não é apenas uma opção, mas uma necessidade para garantir a continuidade e a segurança do seu negócio.
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